Wednesday, July 27, 2005

Então e eles?

De manhã oiço a rádio, leio jornais e vejo muitos jornais e programas de televisão durante o dia.
Lá encontro as caras habituais: antigos presidentes de empresas públicas, antigos ministros e sercretários de estado, professores e gestores universitários, políticos partidários.
Todos com ar de peritos. E de anjinhos.
Os jornalistas repetem as mesmas perguntas inúteis e sem sentido.
“O que pensa do TGV e da OTA?” “Quem pensa que é responsável pelo actual estado das finanças públicas?”
Como se tudo surgisse do ar. Como se tudo tivesse começado ontem.
As perguntas a fazer eram outras. “O senhor que também foi ministro da saúde, em que percentagem se sente responsável pelo deslize de 1500 milhões de euros do orçamento do sector?” “Olhando agora para trás, para o seu desempenho insuficiente, o que foi que aprendeu?”
Perguntas que nunca vão acontecer....e o portugal merdoso vai avançando.

Sunday, July 24, 2005

Leio Boaventura Sousa Santos e Mário Soares, entre tantos outros, este fim de semana, a relativizarem o terrorismo.
Muito sofisticada e inteligentemente, colocam-no no campo teórico, do debate, da tentativa de compreensão, no "temos de combater as razões".
O que falta perceber?
Em Portugal?
Um prima da minha mulher apanhou um tiro no 11 de Março e ficou mutilada para sempre.
Um amigo meu viu o seu pai ser assassinado pelos terroristas das FPs à porta de casa. A outro amigo, também mataram o pai.
Não aconteceu nada às FPs e Otelo ainda ganha uma condecoração.
Será que alguém me explica como podemos relativizar isto ? Na luta de classes? No caminho para o socialismo?
Para o terrorismo não pode haver compreensão ou cedência. Apenas guerra total.
Fui este Domingo, até Cascais, de carro, pela A5.
O valor da portagem, sempre o mesmo.
Antes da saída do Estoril, obras de melhoramento, trânsito lento.
Mas o valor a pagar é o mesmo!!
Não faz sentido.

Saturday, July 23, 2005

Saí hoje de manhã para comprar jornais no quiosque da Rua do Loreto ao Chiado.Como faço todas as manhãs.
Entreguei o multibanco. "Ah, pois, está avariado. Experimente as caixas aqui perto. Fui às da Caixa e do Millennium, mas sábado de manhã nunca têm dinheiro.
Não pude comprar jornais....

Sunday, July 17, 2005


16-07-05 (Galp, mexia e setas?)
Noticia o jornal Expresso este fim de semana que um quadro da Galp com dois anos de casa recebeu 290 mil Euros, sem ninguém saber porquê. Diz o mesmo jornal (que, já agora, saíu tarde para a rua este fim de semana, mas pediram desculpa...), que o dito gestor teria saído directamente da Galp para a CP.



Pequena e rápida investigação fez-nos identificar o dito senhor, como o senhor miguel setas.
Antigo funcionário da Vodafone antes de ir tomar conta do Marketing da Galp, recebeu 290 mil Euros duma empresa que ainda é nossa. Eu não lhe queria pagar 290 mil euros para ele mudar de trabalho. Entenda-se uma coisa: o senhor não foi despedido, preferiu mudar de empresa, e para isso recebeu 290 mil euros.

Recebia milhares de euros de salário da Galp e foi ganhar outro tanto para a CP, tutelada por
antónio mexia que tinha sido o seu chefe anterior.
Porque lhe pagaram? Quem assinou o cheque? Quem tinha conhecimento? Que raio de contrato estava por detrás da sua contratação? Quem elaborou esse contrato?


Oportugalmerdoso acha que a política portuguesa chegou ao fim e portanto nestes casos mais complicados não adianta sugestões, apenas deixando no ar algumas perguntas. O único sinal de protesto é colocar os nomes desta gente em letra minúscula.
O queixoso -mor

16-07-05 (aeroporto, jornais e sinalização)


Fui ao Aeroporto de Lisboa levar o meu filho que ia para França viajando como menor não acompanhado.

Liguei para o aeroporto e fui informado que deveria ir ao check-in geral.

Quando cheguei ao aeroporto fui à lojinha de revitas e jornais que há na entrada. Como não vi o jornal "Público", dirigi-me ao balcão e perguntei : "Bom dia. Têm o Público?"

Resposta absolutamente avassaladora: "Não". Justificações, desculpas, "tente mais tarde", népias. Absolutely zero.




Cheguei à zona do check-in e havia quatro balcões abertos para 20 pessoas em fila.

15 minutos depois chegou a nossa vez.

"Ah, não, não, isto não é aqui, tem de se dirigir ao balcão 89".

"...Então mas nós até ligámos e disseram-nos que era aqui."

"Ah, isso eu já não sei. Mas aqui não é."

Balcão 89 com ele, uma avó com o neto e mais 5 minutos e fomos atendidos.

Cumprimentos, nem vê-los. Que isso custa dinheiro.

"Boa dia, sabe que nos disseram que teríamos de ir ao check-in geral. Mas afinla não era, era aqui..."
"Ah, pois, isso eu não sei, mas diga lá então..."

O que podia ser diferente:

Quem atende cumprimentar sempre.

Garantir que os call centres têm informação correcta

Quando o cliente se queixa, o colaborador deve assumir a possibilidade de ser verdade, registar a queixa e encaminhá-la para quem a resolva, se desculpe e a evite no futuro.

Quando por alguma razão inesperada ou inexplicável a venda ou serviço não podem ser prestados nas condições normais, peça desculpa e tente evitar que isso se repita no futuro. Se possível tente substituir o que não consegue vender pelo melhor substituto.



É tão simples.





De seguida parti para Maceira. Quase perdi a saída em Aveiras, depois de ver na Auto-Estrada um sinal que dizia Aveiras N1, colocado já depois da saída.

Depois de sair e pagar a portagem procurei pela N1. Vi IC2, vi EN 366 mas de N1 nem vê-la. Pensei que estava enganado e decidi nunca mudar de direcção. Sempre em frente....

Passados alguns quilómetros finalmente entendi que a EN366 ia dar à N1 que é o IC2.


Aprendizagem;

Custará muito colocar os sinais de trânsito antes das saídas e não depois das mesmas?Será possível as passadeiras estarem colocadas atrás, e não à frente das paragens dos transportes públicos?

Será que é possível quando uma via tem múltiplas nomeações estarem todas na placa de orientação?


O queixoso-mor

Editorial

Este blog apresentará experiências de um cidadão, utente e cliente, muito exigente.
Não terá opiniões, reflexões ou impressões. Apenas factos.
O cidadão em questão é um economista, empresário, está a fazer um doutoramento, e é um maníaco-obsessivo no que toca à qualidade do atendimento e serviços em geral, praticados em Portugal.
Não pretende mais nada que não seja, eventualmente, chamar a atenção das pessoas para reclamarem e exigirem sempre os seus direitos, quando sejam tratados abaixo de cão.
O cidadão não acha Portugal um país de merda. Mas acha que há cá muita merda, e que a vasta maioria dos cidadãos cala e consente.
Quando relevantes serão também elaboradas considerações de ordem político-económicas.
Sugestões e recomendações são benvindas.
O queixoso-mor